terça-feira, 30 de novembro de 2010

Influências sobre as Revoltas Anticoloniais

                                                                                                 Iluminismo

      No fim do século XVIII a economia mineradora estava em crise. A colônia não podia sustentar a metrópole e os seus proprietários ao mesmo tempo. Quando os latifundiários perceberam o prejuízo que teriam diante dessa situação, exigiram a independência nacional. Toda a população desejava um país independente. Para os pobres, escravos ou trabalhadores, a independência significava melhores condições de vida, com liberdade, igualdade de terras, comércio justo, incentivo à produção nacional, educação, e voto livre. Mas para os latifundiários a independência significava nada mais do que a quebra do vínculo com a metrópole. Muitas idéias iluministas chegaram ao Brasil e influenciaram as revoltas anticoloniais, de acordo com o interesse das classes dominantes. Em Minas Gerais, todas as classes estavam insatisfeitas. O governador visconde de Barbacena ameaçava cobrar todos os impostos atrasados. Alguns homens da alta sociedade mineira se uniram para conspirar contra o governo. Chamados inconfidentes, eles tinham planos de mudanças: transferir a capital para São João Del Rei, e formar um centro universitário em Vila Rica. Criariam manufaturas e instituiriam a república. Já a situação escravista não foi questionada, afinal eram donos de escravos. Para se vincularem ao povo, Joaquim José da Silva Xavier foi agregado ao movimento. Apelidado Tiradentes, era pobre, inteligente, militar, e interessado em literaturas. Um dos integrantes do grupo de inconfidentes ou delatou, juntamente com mais dois oficiais. As autoridades prenderam todos, mas apenas Tiradentes foi executado, mesmo sendo conhecido o fato de que ele não era o principal líder. Mesmo assim foi enforcado e esquartejado para dar exemplo aos que desejassem se revoltar. A conjuração dos Alfaiates, movimento baiano, foi maior, mais radical e com mais participação popular. Muitos se comprometeram com o movimento: artesãos, pequenos comerciantes, ex-escravos, soldados e profissionais liberais. A partir da ocupação de terras dos pequenos lavradores pelos latifundiários, a produção de alimentos diminuiu. Nesse período armazéns foram saqueados, o pelourinho incendiado, cartazes sobre liberdade e igualdade foram espalhados por casas e igrejas. Os latifundiários pressionaram as autoridades para tomarem providencias, e elas repreenderam o movimento. Mais de cem pessoas foram presas e torturadas, vários rebeldes foram enforcados.

                                                                           Influência da Revolução Francesa no Brasil

      Sob o mote “liberté, égalité, fraternité”! (liberdade, igualdade, fraternidade!), populares tomaram, em 14 de julho de 1789, um dos símbolos do totalitarismo francês de então, localizado na capital, Paris: a Bastilha, prisão onde eram encarcerados adversários do regime. Esse foi o estopim do que ficou conhecido como a Revolução Francesa. Esses ideais foram absorvidos pelos constituintes brasileiros, que inseriram, na atual Constituição Federal, um extenso rol de direitos e garantias individuais e coletivas, limitando a interferência do poder estatal na vida e dignidade do cidadão, como por exemplo, as disposições sobre a cobrança de tributos (arts. 145 a 162). 
Desde os princípios fundamentais – que consagram a separação dos poderes (art. 1º ao 4º) – passando pelos direitos e garantias dos cidadãos no âmbito social, político e econômico (arts. 5º ao 17), até chegarmos à proteção do meio ambiente e de nossas crianças e adolescentes, que são o futuro do país (arts. 225 a 230), sente-se a presença da centelha 

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Revolução Francesa

      A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza. A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à guilhotina (Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época). No topo da pirâmide social, estava o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.

A Revolução Francesa

      A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa. O lema dos revolucionários era " Liberdade, Igualdade e Fraternidade ", pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês.Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793.O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.
      No mês de  agosto de 1789, a Assembléia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo.

Girondinos e Jacobinos


      Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado, os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres.

A burguesia no poder

Napoleão Bonaparte: implantação do governo burguês


      Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte (figura mais importante na revolução) é colocado no poder com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês.


E oque podemos concluir com tudo isso ?
      A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. A Revolução Francesa também influenciou, com seus ideais iluministas, a independência  de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.